Refém do Hamas dado como desaparecido tem nacionalidade portuguesa
Idan Shtivi, de 28 anos, estava no festival de música Supernova quando foi raptado.
Um dos três reféns israelitas na Faixa de Gaza que estavam até esta quinta-feira dados como desaparecidos tem nacionalidade portuguesa, revelou o embaixador israelita em Lisboa, Dor Shapira.
“Após 90 dias de desaparecimento, a família de Idan Shtivi foi informada de que ele foi raptado no festival de música Supernova e levado para Gaza”, afirmou o diplomata na sua conta na rede X.
Segundo o embaixador israelita, “Idan tem também nacionalidade portuguesa e o seu irmão e mãe visitaram Portugal no mês passado para pedir ajuda a quem quer que seja para a sua libertação”.
Três israelitas dados como desaparecidos desde o ataque do movimento islamista Hamas em Israel, a 7 de Outubro, estão mantidos como reféns na Faixa de Gaza, anunciaram esta tarde as Forças de Defesa do país.
“Três cidadãos desaparecidos até agora foram identificados como reféns e as suas famílias foram informadas”, disse o porta-voz do Exército, Daniel Hagari. Este anúncio eleva para 132 o número de pessoas ainda mantidas como reféns na Faixa de Gaza, segundo dados das autoridades israelitas.
Familiares de Idan Shtivi, Tsachi Idan e Eli e Yossi Sharaby, reféns com nacionalidade portuguesa em posse do movimento Hamas desde os ataques de 7 de Outubro, estiverem no mês de Dezembro em Lisboa, onde deram uma conferência de imprensa dando conta do seu desespero e esperança e pedindo insistentemente esforços no sentido da sua libertação.
“É obrigação de Israel e de Portugal libertá-lo porque ele é cidadão português (…) Devo ter um sinal, um sinal dele de que está bem e dar também um sinal de que estamos bem, de que estamos a fazer tudo por ele”, afirmou Dalit, a mãe de Idan Shtivi, que estava entre os desaparecidos no festival Supernova, onde o Hamas matou cerca de 260 pessoas.
Na véspera da conferência de imprensa, estes familiares de reféns reuniram-se na sinagoga de Lisboa para rezar pela sua libertação e o “fim do pesadelo”, reconstituindo à Lusa os acontecimentos de 7 de Outubro.
Omri Shviti recordou aquele dia, quando o irmão, Idan, de 28 anos, foi ao festival de música. Segundo relatos iniciais, teria tido um acidente de automóvel a tentar fugir dos terroristas e morrido quatro dias depois num hospital em Gaza, em resultado dos ferimentos.
Mas Omri Svhiti não queria acreditar: “Temos uma grande crença que ele está vivo e rezamos por isso todos os dias. Não queremos saber de política, nunca quisemos saber. Queremos é que ele volte para casa”, afirmou.