Há uma boa dose de delicadeza na primeira exposição da Aveiro 2024

Centenas de peças de cerâmica artística podem-se apreciar, em vários espaços da cidade, até 28 de Janeiro. É a primeira iniciativa do programa Aveiro Capital Portuguesa da Cultura.

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Lisa Barbosa e a a peça Que Nasçam Flores Nelson Garrido
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Lisa Barbosa cresceu a ver a avó e a mãe a moldarem flores de cerâmica com as suas próprias mãos. Coisas normais numa família que tem uma pequena indústria de louça, uma vez que, por mais que a produção dependa de moldes, “sempre houve características de manualidade em algumas peças”, conta a jovem artista que decidiu pegar nesse saber fazer para criar uma obra de arte em grés negro e com carvão vegetal. São mais de 700 flores feitas à mão – pétala a pétala que pretendem transmitir a ideia de que “pode haver renascimento e florescimento no meio dos momentos sombrios” e que estão entre as cerca de 80 obras em exposição no Museu de Aveiro/Santa Joana, naquele que é o primeiro evento com a marca da Capital Portuguesa da Cultura. A partir desta noite, a cidade da ria assume o slogan “O ano como palco. Um cenário infinito”, num evento que implicará um investimento na ordem dos 8 milhões de euros.

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