Balanço de 2023 do Ípsilon: o passado reencontrado na música

Regressaram Beatles e Stones, como se fosse 1965. Nunca na história da música popular o passado foi tão presente. Mas, em alguma da melhor música do ano, isso não é nostalgia, é futuro em aberto.

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Jaimie Branch “nunca tinha ideias pequenas”. Morreu em 2022 Peter Gannushkin
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Houve uma altura este ano em que, ironizava um cartoon publicado num jornal inglês, fomos levados a pensar que viajar no tempo era, afinal, possível. A prova estava ali. No cartoon, citemos de cabeça, um homem lia, olhos esbugalhados, o título de um jornal numa banca – “Beatles e Rolling Stones lutam pelo n.º 1”; era de tabelas de vendas que se falava. Questionava-se: “É 1965 outra vez?” Não, era 2023, mas dava-se o facto de, nos últimos meses de 2023, os Rolling Stones terem regressado, 18 anos depois, aos álbuns de originais, com Hackney Diamonds, e de ter surgido uma canção, Now and then, anunciada como a última dos Beatles e resultado de um encontro através dos tempos entre Paul McCartney, Ringo Starr, o Lennon de 1978 e o George Harrison de 1995.

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