O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou esta segunda-feira que a necessidade de “eliminar gradualmente” os combustíveis fósseis é uma chave para o sucesso da COP28, a cimeira do clima das Nações Unidas, ainda que se reconheça que os países possam mover-se a ritmos diferentes. "Isto não significa que todos os países tenham que eliminar os combustíveis fósseis ao mesmo tempo", sublinhou.
Agendada para terminar esta terça-feira, 12 de Dezembro - 8.º aniversário da assinatura do Acordo de Paris -, com um entendimento entre as nações, a COP28 ainda não mostra sinais de estar perto de concluir os trabalhos. Vários temas continuam empatados nas salas de negociação, não apenas no que toca a um eventual acordo sobre o fim dos combustíveis fósseis, mas no que diz respeito aos objectivos em matéria de adaptação e, em particular, ao financiamento dos meios de concretização destes planos ambiciosos.
"A COP abrange muitos aspectos e depende do equilíbrio global, mas um aspecto central, na minha opinião, para o sucesso da COP, será chegar a um consenso sobre a necessidade de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis (...) de acordo com o limite de 1,5 graus", disse Guterres aos jornalistas, sublinhando também o "princípio das responsabilidades comuns diferenciadas". "A nível global, a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis tem de ser compatível com o objectivo de zero emissões líquidas em 2050 e com o limite de 1,5 graus de aumento da temperatura."
"Temos que concluir a COP28 com um resultado ambicioso."
O PÚBLICO viajou a convite da Fundação Oceano Azul