A junta militar da Birmânia pode estar à beira do “colapso”

Uma ofensiva organizada por uma coligação de facções rebeldes inspirou novas campanhas de outros grupos e aumentou a pressão sobre as Forças Armadas birmanesas, cuja moral está seriamente afectada.

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Um combatente da União Nacional Karen com armas apreendidas ao Exército birmanês REUTERS/Stringer
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Durante cerca de três anos, a junta militar da Birmânia conseguiu aguentar o forte. Interrompeu o exercício incipiente e imperfeito de democracia no país com o seu golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2021, que expulsou um governo liderado por civis e levou à detenção de uma série de líderes eleitos, incluindo a laureada com o Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi. Resistiu à revolta popular pró-democracia que se seguiu, matando a tiro manifestantes não violentos e prendendo activistas, artistas e outros dissidentes. Há muito habituada a actuar na cena mundial como um pária, enfrentou a censura e o opróbrio internacionais. E preparou-se para uma guerra civil em várias frentes contra uma série de grupos rebeldes, desde revolucionários desorganizados a exércitos étnicos bem equipados e entrincheirados que operam há décadas nas terras altas do país.

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