Parque Mineiro de Aljustrel abre portas: uma mina para o turismo

O parque da mina é inaugurado esta segunda-feira, incluindo Centro de Recepção e Interpretação, requalificação dos bairros mineiros, ciclovias e passadiços.

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O parque inclui um Centro de Recepção e Interpretação CM Aljustrel
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O novo Parque Mineiro de Aljustrel, no distrito de Beja, é inaugurado na segunda-feira, após um investimento de quase seis milhões de euros da câmara municipal que representa um "momento de viragem" na atractividade turística do concelho.

"Este é um projecto que, no nosso entender, constitui uma viragem na oferta turística do concelho", disse à agência Lusa o presidente do município de Aljustrel, Carlos Teles (PS).

Na opinião do autarca alentejano, o Parque Mineiro de Aljustrel, que será simbolicamente inaugurado no Dia de Santa Bárbara, padroeira dos mineiros, "será uma referência em todo o país, tendo potencial para ser tornar num dos pontos turísticos mais interessantes do Baixo Alentejo, nomeadamente na vertente do turismo industrial".

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O novo Parque Mineiro de Aljustrel foi criado para ser "uma homenagem aos mineiros" do concelho, onde a actividade extractiva tem mais de 5.000 anos, remontando à época da ocupação romana.

O investimento tem objectivos "de lazer, didácticos e de investigação, ao mesmo tempo que contribui para minimizar a degradação ambiental" associada a antigos locais de exploração.

Por isso, além da requalificação dos bairros mineiros, da construção de ciclovias e da colocação de passadiços na zona do "Chapéu de Ferro" e da instalação de sinalética e equipamentos multimédia em diversos locais da vila, o projecto do Parque Mineiro incluiu a criação do Centro de Recepção e Interpretação.

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É neste espaço, instalado junto ao Malacate Viana, um dos antigos "poços de descida ao fundo da mina", que está instalado um espaço museológico.

Será também a partir do Centro de Recepção e Interpretação que os visitantes poderão visitar um dos grandes atractivos do Parque Mineiro de Aljustrel, a antiga galeria mineira do Piso 30.

"É uma galeria mineira antiga, que foi totalmente recuperada para receber visitantes e que acaba por ser uma valência que diferencia este projecto de outros que possam ser parecidos", destacou Carlos Teles.

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O autarca acrescentou que a galeria cria em Aljustrel "uma diferenciação positiva, que poderá atrair bastantes visitantes nacionais e internacionais".

Segundo o presidente da câmara municipal, a galeria do Piso 30 tanto pode atrair "o cliente normal, que vai ver por piada e para mostrar aos filhos", mas também "clientes especializados, como geólogos".

"Todos os geólogos ou estudantes das áreas da geologia e das minas vão ter todo o interesse em visitar Aljustrel e o Parque Mineiro", concluiu.

Em comunicado enviado à Lusa, a Câmara de Aljustrel revelou que os primeiros meses do Parque Mineiro "vão ser dedicados à população e às entidades locais, com visitas mediante marcação".

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O objectivo é, "nesta fase, dar a conhecer esta nova oferta turística, que assenta os seus pilares na preservação do património e da memória, primeiramente à comunidade local", indicou a autarquia.

Depois, em Março de 2024, o município irá fazer, em articulação com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e o Roteiro de Minas de Portugal, "uma grande apresentação e lançamento" do Parque Mineiro na Bolsa de Turismo de Lisboa.

A autarquia alentejana adiantou também que, no dia de inauguração, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia irá fazer, na sala de exposições temporárias do Centro de Recepção e Interpretação, a antestreia da "Exposição e montagem em postura de vida do estegossauro de Atouguia da Baleia (Miragaia longicollum)".

Estudado e classificado como uma nova espécie e género de estegossauro em 2009, trata-se do dinossauro "mais completo descrito em Portugal e que poderá, até Março, ser apreciado em Aljustrel", lê-se na nota.