Três pessoas morreram e oito ficaram feridas num ataque a tiro, na madrugada desta quinta-feira, numa das estradas de acesso a Jerusalém. Os números são avançados pela polícia e equipas médicas israelitas, citadas pelos jornais Haaretz e Times of Israel.

O Hamas reivindicou reivindicou a autoria do ataque e apelou para uma “escalada de resistência” contra Israel. ​Em comunicado, o grupo islamista disse que dois irmãos, “membros das brigadas Ezzedine al-Qassam” num bairro de Jerusalém Oriental, se “sacrificaram ao levar a cabo uma operação” que “matou três colonos e feriu outros”.

Uma mulher de 24 anos foi declarada morta no local. Um homem mais velho e uma mulher morreram posteriormente no hospital, informou o serviço de emergência médica Magen David Adom (MDA). Os feridos foram transferidos para os hospitais Shaare Tzedek e Hadassah Ein Karem, em Jerusalém.

A polícia confirmou o ataque com "várias vítimas" numa das vias de acesso a Jerusalém, perto da estação de comboios e autocarros. Segundo a imprensa israelita, os dois suspeitos foram mortos a tiro no local.

"Dois terroristas, que chegaram ao local armados num veículo, dispararam contra civis na paragem de autocarros e foram neutralizados pelas forças de segurança e por um civil que se encontrava nas imediações", declarou um porta-voz da polícia.

O chefe da polícia de Jerusalém, Doron Turgeman, disse numa conferência acreditar que ambos os agressores são de Jerusalém Oriental.

"Foi recebida a informação às 07h38 locais [05h38 em Lisboa] de um ataque terrorista a tiro no Weizmann Boulevard, em Jerusalém", informou inicialmente o MDA.

“A estação [de comboios e autocarros] estava muito lotada, e é por isso que tantas pessoas ficaram feridas”, disse o porta-voz do MDA, Zaki Heller, à rádio das Forças de Defesa de Israel.

O ataque ocorre num clima de tensão na Cisjordânia e em Jerusalém, paralelamente à guerra na Faixa de Gaza, onde foi acordado, esta quinta-feira, o prolongamento da trégua por mais um dia.