O medo do Chega ainda chega para o PS vencer eleições?
O argumento de que um partido não pode pressupor a sua derrota é o cúmulo da desonestidade. É que é isso que o PS faz de cada vez que exige ao PSD que esclareça se se vai ou não aliar ao Chega.
Repare-se bem neste recorde olímpico de cinismo. Depois de anos a sacudir violentamente o PSD pelos colarinhos, exigindo aos gritos que este se demarcasse do Chega, que jurasse que jamais, em qualquer cenário, se acorrentaria à caravana circense do deputado Ventura, o PS percebeu que o feitiço se poderia afinal virar contra o feiticeiro, na forma de uma pergunta singela: se o Chega é a némesis da democracia, o que é que o PS está disponível para fazer, pensando em cenários e acordos eventuais, para o impedir de exercer ou influenciar a governação? Para já, a resposta típica tem sido o silêncio ou a desconversação.
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