Os órfãos da memória no Porto/Post/Doc

Uma série de filmes recuperados apontam para o cinema português como uma cinematografia de peças únicas, de irrepetíveis objectos.

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O olhar de Manuel Faria de Almeida sobre a então Lourenço Marques era "perigoso" para o antigo regime. Catembe tem agora nova digitalização no programa FILMarda o filme português de sempre mais cortado pela censura, cortesia porto/post/doc
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Catembe foi o filme português de sempre mais cortado pela censura cortesia porto/post/doc
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Catembe nunca teve autorização de estreia cortesia porto/post/doc
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Acto dos Feitos da Guiné, de Fernando Matos Silva cortesia porto/post/doc
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Acto dos Feitos da Guiné recupera imagens que Matos Silva filmou nos Serviços Cartográficos do Exército na Guiné cortesia porto/post/doc
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Há uma ideia muito bonita a percorrer um filme que o Porto/Post/Doc exibiu en passant na edição 2023: a ideia de “filme órfão” ou de “órfão da memória”. Ela surge integrada em Atlas de um Cinema Amador: Cartografia do Descartado, possível “episódio piloto” de uma série sobre os filmes de família concebida pela investigadora Inês Sapeta Dias e pela realizadora Luísa Homem, mas é aplicável, de certo modo, a muito do cinema que se fez, tem feito e continua a fazer em Portugal. Remete para a perspectiva de um “artesanato”, de um cinema “fora da caixa”, difícil de resumir e de reduzir a uma fórmula ou a uma identidade. Trocando por miúdos: poder-se-ia dizer que todo o cinema português é composto por filmes “órfãos”. Não por não terem genealogias, influências ou ascendências; mas por serem peças de certo modo únicas.

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