Correia de Campos apoia José Luís Carneiro na corrida à liderança do PS
Depois de Fernando Medina, António Correia de Campos, antigo ministro da Saúde, também manifestou o seu apoio à candidatura do ministro da Administração Interna à liderança do PS.
A lista de apoiantes da candidatura do ministro José Luís Carneiro a secretário-geral do PS continua a crescer. António Correia de Campos, antigo ministro da Saúde e eurodeputado socialista, anunciou esta sexta-feira, depois de Fernando Medina e José Leitão, o seu apoio ao ministro da Administração Interna.
Em declarações ao PÚBLICO, o ex-presidente do Conselho Económico e Social (CES), ex-ministro da Saúde e antigo eurodeputado admite que o seu partido “precisa de um banho lustral de proximidade e humildade”, motivo pelo qual apoia a candidatura de José Luís Carneiro.
Além de Correia de Campos, foi ainda anunciado o apoio das deputadas Romualda Fernandes e Paula Reis e do presidente da Câmara de São Brás de Alportel, Vítor Guerreiro.
O anúncio destes quatro apoiantes surge após Fernando Medina, ministro das Finanças, oficializar o seu apoio ao mesmo candidato, informação que o PÚBLICO já tinha avançado.
O nome do antigo ministro, das deputadas e do autarca de São Brás de Alportel juntam-se a uma lista onde se encontram, por exemplo, apoiantes como Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República; José António Vieira da Silva, ex-ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social; Basílio Horta, fundador do CDS e presidente da Câmara de Sintra, e Jorge Lacão, antigo ministro e vice-presidente da Assembleia da República
As eleições para a sucessão de António Costa na liderança do Partido Socialista estão marcadas para os dias 15 e 16 de Dezembro. A enfrentar José Luís Carneiro estará Pedro Nuno Santos, ministro das Infra-Estruturas até Dezembro de 2022, quando apresentou a demissão.
Carneiro manter-se-á em funções durante corrida à liderança do PS
Enquanto o processo eleitoral interno decorre, José Luís Carneiro manter-se-á em funções no Governo, assegurou o ministro da Administração Interna esta sexta-feira.
"Se o doutor António Costa, que é primeiro-ministro, fosse candidato ao congresso que estava previsto para ser em Março, manter-se-ia como primeiro-ministro e seria candidato", disse Carneiro aos jornalistas, quando questionado sobre a compatibilidade entre o cargo de ministro e a sua candidatura à liderança do PS.
E acrescentou que "se ocorresse, como ocorreu já, com uma liderança do PPD em que era primeiro-ministro o presidente do PPD/PSD, também não deixava de ser primeiro-ministro para ser candidato".
O ministro da Administração Interna afirmou que tal situação "também já aconteceu com outros responsáveis com funções governativas e que não deixaram de as desempenhar naquilo que é o essencial dessas funções e naquilo que é o quadro que permite a lei e naquilo que são depois as funções de responsabilidade dos partidos políticos, que são os esteios da nossa vida democrática".
"Até é tradição em Portugal que quem dirige ou preside aos partidos são os candidatos a primeiro-ministro", concluiu José Luís Carneiro.
Notícia actualizada com declarações de José Luís Carneiro acerca do exercício da sua função