Stella Assange vem à Web Summit: “O nome de Julian não se pode transformar num tabu”

A advogada Stella Assange vem à Web Summit lembrar o caso de Julian, seu marido: “Está numa prisão de alta segurança há quatro anos e meio sem qualquer condenação”, diz em entrevista ao PÚBLICO.

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A advogada Stella Assange tornou-se a cara da luta para libertar o co-fundador da Wikileaks, com quem casou em 2022 EPA/CESARE ABBATE
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Julho, 2010. Dezenas de milhares de ficheiros secretos dos Estados Unidos mostram o fracasso da guerra no Afeganistão: os ataques dos talibãs estão a aumentar e os militares escondem centenas de mortes de civis em incidentes não registados. Foram publicados online pela Wikileaks, a plataforma criada pelo activista e programador australiano Julian Assange, em 2006, para partilhar informações confidenciais, de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis. Meses antes, a organização tinha partilhado um vídeo onde se viam militares dos EUA no Iraque a disparar mortalmente sobre civis, incluindo jornalistas da Reuters, a partir de um helicóptero. O Governo dos EUA condena a divulgação de dados quase de imediato − segundo o país, as informações sobre a localização e actividade dos militares colocava-os em risco. Assange não pára.

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