O que devemos fazer em caso de um sismo? A Terra Treme vem ensinar
Exercício da Protecção Civil começa às 11h14 e dura um minuto. A população deve treinar os gestos essenciais em caso de sismo: baixar, proteger e aguardar. É uma sensibilização para o risco sísmico.
Pelo país inteiro realiza-se esta terça-feira a iniciativa A Terra Treme. Com o objectivo de sensibilizar a população para o risco dos sismos, a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) vem ensinar três gestos simples que podem salvar vidas: baixar, proteger e aguardar. Tudo em apenas um minuto.
Com início às 11h14 desta terça-feira (14 de Novembro), a 11.ª edição deste exercício visa ensinar aos participantes o que fazer em caso de um sismo e que medidas de preparação podem ser tomadas antes. “Saber o que fazer antes, durante e depois de um sismo é a finalidade desta jornada que propomos a todos os cidadãos”, diz a ANEPC em comunicado, acrescentando que quem participar vai ficar a conhecer as medidas preventivas e os comportamentos de autoprotecção que devem ser adoptados.
Saber o que fazer durante um sismo é importante como até nos têm mostrado sismos recentes, como o da Turquia, em Fevereiro, e o de Marrocos, em Setembro deste ano. Em particular, as regiões de Lisboa e do Algarve são consideradas de importante risco sísmico do país. Em Lisboa, por exemplo, estão instalados alarmes de tsunamis, ondas de maré que podem ser geradas por maremotos. A criação de museus temáticos, como o Museu Quake, em Belém, que proporciona uma experiência imersiva do sismo de 1755, que destruiu a cidade de Lisboa.
A Terra Treme é promovida anualmente, dirigindo-se principalmente à população de idade escolar, mas com a possibilidade de ser feita para entidades particulares e empresas, através de inscrição no site da iniciativa.
Mas, enquanto não chega o dia, o que devemos saber sobre os sismos?
Os sismos são um fenómeno natural, que resulta de uma ruptura no interior da crosta terrestre. Ocorre uma libertação grande de energia que provoca vibrações, de fracas a muito fortes. “A ruptura do material rochoso ocorre após terem sido ultrapassados os seus limites de resistência, provocando vibrações ou ondas sísmicas que se propagam no interior da Terra. São estas vibrações que se sentem quando ocorre um sismo”, explica-se, por exemplo, no site da Protecção Civil e Bombeiros dos Açores.
Antes
Já no site da iniciativa “A Terra Treme”, explica-se o que devemos fazer para nos prepararmos para um sismo. Esta é a parte da verificação. Deve-se assim avaliar os possíveis riscos da casa, elaborar um plano de emergência e organizar um kit – com uma lanterna, um rádio portátil de dínamo (sem pilhas), um extintor e um estojo de primeiros socorros. Os objectos pesados, grandes ou de vidro devem ser fixados à parede ou colocados em prateleiras baixas ou no chão. Saber onde se desliga a água, a electricidade e o gás é também fundamental.
Durante
O que fazer “durante” um sismo vai ser praticado esta terça-feira, mas pode-se já ficar a saber que devemos identificar onde são os locais mais seguros e os que devemos evitar. Vãos de portas, cantos das salas, espaços debaixo de mesas e camas e outras superfícies resistentes são os locais ideais para nos abrigarmos. Já os elevadores, as janelas, espelhos e chaminés, o meio das salas e saídas são os sítios que devemos evitar ao máximo. Se estivermos na rua, os edifícios, taludes e estruturas que possam cair apresentam o maior perigo. Para onde devemos ir? Para um local aberto, longe do mar ou cursos de água.
Depois
Depois do evento sísmico, o A Terra Treme aconselha a manter a calma e evitar locais com fontes de energia, onde, por exemplo, existam fios eléctricos soltos. Cortar a água e o gás e desligar a electricidade são também os passos a cumprir. Por fim, deve-se ligar o rádio e seguir as recomendações das autoridades.
Tal como nos últimos anos, as escolas têm sido os principais aderentes desta iniciativa da ANEPC por todo o país, em parceria com as corporações de bombeiros e os serviços municipais de Protecção Civil. Este ano, a ANEPC, em articulação com a Direcção-Geral da Educação e a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, realiza o evento principal de A Terra Treme na Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, em Olhão.
Texto editado por Teresa Firmino