José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos avançam na disputa à liderança do PS
Luís Montenegro participa esta tarde em reunião de preparação do programa eleitoral do partido, em Fátima. Iniciativa Liberal tem conselho nacional marcado para domingo.
O socialista José Luís Carneiro faz uma declaração ao fim da tarde, em Coimbra, confirmando que será candidato a secretário-geral do Partido Socialista.
Conotado com a ala direita do partido, José Luís Carneiro é o primeiro candidato confirmado à sucessão de António Costa na liderança do partido. Na corrida está também o ex-ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, que formalizará a sua candidatura na próxima segunda-feira com uma declaração marcada para as 18h00, sede nacional do PS em Lisboa.
O actual ministro da Administração Interna já tinha anunciado na comissão política do partido, que decorreu esta quinta-feira à noite, na sede nacional do partido, que seria candidato nas eleições internas, marcadas para os dias 15 e 16 de Dezembro. O congresso do partido será nos dias 6 e 7 de Janeiro.
Nessa noite, em declarações aos jornalistas, o ex-secretário-geral adjunto do PS disse que tendo em conta os acontecimentos de terça-feira – quando Costa apresentou a demissão de primeiro-ministro e garantiu que não se recandidataria a secretário-geral –, esperou que o Presidente da República se pronunciasse sobre a crise política, que levou Marcelo Rebelo de Sousa a dissolver a Assembleia da República e a convocar eleições legislativas antecipadas.
“Quis ouvir os meus camaradas na comissão política nacional, compreender os seus pontos de vista sobre o momento que vive o partido e transmitir-lhes a minha disponibilidade para, com os mesmos valores de sempre – da liberdade, da igualdade, da justiça social, colocar a minha experiência de vida ao serviço destes valores e colocar estes valores ao serviço do país, ser candidato a primeiro-ministro”, afirmou José Luís Carneiro.
No dia em que José Luís Carneiro anuncia a sua candidatura a secretário-geral do PS, uma sondagem da Aximage publicada este sábado no Diário de Notícias diz que Pedro Nuno Santos é considerado pelos portugueses como o melhor sucessor de António Costa na liderança do partido.
Com uma amostra de 516 entrevistas efectivas, a sondagem revela que 30% dos inquiridos acreditam que Pedro Nuno Santos irá suceder ao actual secretário-geral do PS, surgindo em segundo lugar com 19% o ministro das Finanças, Fernando Medina. Já em relação a José Luís Carneiro 9% dos portugueses inquiridos nesta sondagem acreditam que seria o sucessor de António Costa e 6% dizem que seria o presidente do PS, Carlos César.
Sublinhe-se, porém, que o universo dos inquiridos não coincide com aquele que vai votar nas eleições directas do PS, reservadas a militantes socialistas.
PSD acelera programa
Com os candidatos do PS a avançarem para a disputa interna, o PSD aproveita a crise para acelerar o programa eleitoral, que já tinha um trabalho muito avançado, segundo Pedro Duarte, presidente do conselho estratégico nacional (CEN). Hoje os coordenadores do CEN reúnem-se em Fátima, num encontro que já estava marcado, com a participação do líder do partido. Luís Montenegro falará aos jornalistas às 18h, por sinal, à mesma hora marcada pelo socialista José Luís Carneiro.
A conclusão do programa eleitoral já estava prevista para os primeiros meses de 2024, antes do termo do mandato de Montenegro, só terá de ser antecipada alguns meses. Este sábado, é possível que saia um compromisso eleitoral para a entrega do programa à comissão política nacional do PSD, que terá de o aprovar. As prioridades e as principais medidas já estão alinhavadas.
Esta tarde, o líder do Chega, também tem agenda. André Ventura visita a Feira do Cavalo, na Golegã, e fala aos jornalistas por volta das 16h00.
Outra força política que já tinha marcado uma reunião partidária para este fim-de-semana é a Iniciativa Liberal (IL). Este domingo de manhã, o líder do partido, Rui Rocha, abrirá o conselho nacional, em Lisboa, com uma intervenção que será aberta à comunicação social. A IL vai debater a actual situação política, a própria convenção nacional e as eleições europeias, marcadas para Junho de 2024.