João Tiago Silveira e Rui de Oliveira Neves suspensos da Morais Leitão

Advogados da Morais Leitão constituídos arguidos na Operação Influencer pediram a sua suspensão da sociedade.

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João Tiago Silveira foi membro do Governo de José Sócrates Nelson Garrido
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A sociedade de advogados Morais Leitão anunciou esta sexta-feira a suspensão dos sócios Rui de Oliveira Neves e João Tiago Silveira, a pedido dos próprios, na sequência da constituição de ambos como arguidos da Operação Influencer, relativa às suspeitas de corrupção e tráfico de influência na aprovação de investimentos pelo Governo, e que levou à demissão do primeiro-ministro, António Costa. A suspensão tem efeitos imediatos. A notícia foi avançada pelo jornal económico Eco e confirmada pela sociedade de advogados num comunicado enviado às redacções.

Rui de Oliveira Neves está detido preventivamente desde terça-feira por suspeitas de ter conseguido favores dos governantes João Galamba e Duarte Cordeiro no projecto destinado a criar em Sines um megacentro de dados, um empreendimento privado de 3,5 mil milhões de euros lançado por um consórcio privado formado por uma empresa britânica e outra norte-americana. É director jurídico e de sustentabilidade da Start Campus, a entidade no centro das suspeitas em Sines.

João Tiago Silveira, antigo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e ex-secretário de Estado da Justiça do Governo de José Sócrates, foi apenas constituído arguido. Antigo porta-voz do Partido Socialista, o antigo governante foi ainda membro do Conselho Superior do Ministério Público. Na Morais Leitão, coordena o departamento de direito público, urbanismo e ambiente.

Na quarta-feira, quando foi conhecida a sua constituição como arguido, João Tiago Silveira declarou ao Eco nunca ter "confundido o exercício de funções públicas e de funções privadas", e que se pautou pela "honestidade e o estrito respeito pela legalidade" nos dois sectores.

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