A decisão tomada esta quinta-feira pelo Presidente da República de manter o Governo em funções durante mais cerca de três semanas, para que a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano possa ser aprovada, coloca o país perante um cenário quase inédito, em que o executivo que defende o documento já sabe que não o irá executar; e em que a discussão, medida a medida, é feita pelos deputados já em clima de campanha eleitoral. A discussão do OE na especialidade, um processo já habitualmente caótico, ganha assim novos motivos de incerteza.