Israel admite ter atingido ambulância em Gaza. Palestinianos denunciam “massacre”

Vários mortos e feridos em ataque junto ao maior hospital da Faixa de Gaza. Israel alega que a ambulância estava a ser utilizada por combatentes do Hamas.

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Israel alega que as ambulâncias estavam a ser usadas pelo Hamas Reuters/STRINGER
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O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, acusou Israel de ter cometido "um massacre", esta sexta-feira, ao atingir uma ambulância às portas do Hospital al-Shifa, o maior do enclave palestiniano, que estava já sobrelotado.

O ataque aéreo terá causado 15 mortos e dezenas de feridos, segundo fontes palestinianas. Imagens divulgadas pela Al Jazeera mostram pelo menos uma criança ferida e inanimada no local.

Israel reconhece ter atingido a ambulância, mas alega que o veículo estava a ser utilizado por combatentes do Hamas para transporte de armas. "Esta área é uma zona de batalha. Apelámos repetidamente aos civis nesta área para a evacuarem e se dirigirem para sul para sua própria segurança", justificou um porta-voz das Forças de Defesa de Israel.

As autoridades de Gaza negam a acusação das forças israelitas e afirmam que a ambulância fazia parte de uma caravana que transportava feridos e doentes autorizados a receber assistência médica no Egipto, passando a fronteira de Rafah.

"A comunidade internacional devia parar estes massacres cometidos contra o nosso povo, os nossos médicos, os nossos feridos e as nossas vítimas", afirmou o porta-voz do Ministério, Ashraf al-Qudra, junto ao hospital na cidade de Gaza.

Além do Hospital Al-Shifa, outras duas instalações de saúde de Gaza foram afectadas esta sexta-feira por bombardeamentos israelitas.

O director-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, reagiu aos ataques e mostrou-se "profundamente chocado", apelando a um cessar-fogo imediato. "Reiteramos: pacientes, profissionais de saúde, serviços de saúde e ambulâncias devem ser protegidos sempre", escreveu no X (antigo Twitter).

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