Israel: Bloco condena posição de Gomes Cravinho sobre ataque a campo de refugiados de Jabalia
Líder parlamentar do Bloco critica ministro dos Negócios Estrangeiros por “nem uma palavra” dizer “sobre a responsabilidade de Israel no ataque” ao campo de refugiados de Jabalia.
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda considerou esta quarta-feira "uma vergonha" a posição manifestada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros sobre o bombardeamento ao campo de refugiados de Jabalia, no Norte da Faixa de Gaza.
"Uma vergonha de posição do ministro dos Negócios Estrangeiros [João Gomes Cravinho]. Nem uma palavra sobre a responsabilidade de Israel no ataque que já foi assumido, nada sobre cessar-fogo como pede a ONU, nenhuma condenação da punição colectiva como fez António Guterres", escreveu Pedro Filipe Soares na rede social X (antigo Twitter).
Na mesma mensagem, o líder da bancada do Bloco de Esquerda reclama um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas, "fim ao genocídio" e libertação de reféns civis.
Uma vergonha de posição do MNE. Nem uma palavra sobre a responsabilidade de Israel no ataque que já foi assumido, nada sobre cessar fogo como pede a ONU, nenhuma condenação da punição coletiva como fez António Guterres.
— Pedro Filipe Soares (@PedroFgSoares) November 1, 2023
Cessar fogo já, fim ao genocídio, libertação de reféns civis https://t.co/jl8py26S9Q
Antes, na também na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros tinha escrito que "a notícia das mortes civis do bombardeamento israelita do campo de refugiados de Jabalia é chocante".
"A União Europeia pediu uma pausa humanitária para evitar tragédias como esta. O direito à defesa tem de ser conciliado com o direito internacional humanitário e a protecção de civis", defendeu João Gomes Cravinho.
A notícia das mortes civis do bombardeamento israelita do campo de refugiados de Jabalia é chocante. A UE pediu uma pausa humanitária para evitar tragédias como esta. O direito à defesa tem de ser conciliado com o direito internacional humanitário e a proteção de civis.
— João Cravinho (@JoaoCravinho) November 1, 2023
O Ministério da Saúde do Hamas anunciou na terça-feira que pelo menos 50 pessoas morreram num bombardeamento israelita ao campo de refugiados de Jabalia, no Norte da Faixa de Gaza.
O bombardeamento, cujo balanço final poderá ser consideravelmente mais elevado, segundo o ministério, destruiu "pelo menos 20 edifícios".
O Exército israelita confirmou ter bombardeado o local, matando um comandante do Hamas, suspeito de ser um dos responsáveis pelo ataque do movimento palestiniano contra Israel em 7 de Outubro.
"A sua eliminação ocorreu como parte de uma grande operação para combater terroristas e infra-estruturas terroristas pertencentes ao Batalhão Central de Jabalia, que assumiu o controlo de edifícios civis na Faixa de Gaza", disse o Exército. O alvo do ataque foi identificado como Ibrahim Biari, comandante do Batalhão Central de Jabalia do Hamas.