Forças israelitas fazem operação terrestre contra alvos do Hamas em Gaza

Foi a maior incursão terrestre das IDF em Gaza desde o início da guerra contra o Hamas. Exército diz que há pelo menos 224 reféns.

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Tanques israelitas durante operação em Gaza Reuters/ISRAEL DEFENSE FORCES
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As forças militares israelitas realizaram novas incursões terrestres no Norte da Faixa de Gaza esta quinta-feira, tendo atacado vários alvos do Hamas, revelaram as Forças de Defesa de Israel (IDF) através de um comunicado.

Segundo o Exército, as operações nocturnas foram realizadas em “preparação para as próximas fases de combate”. “Tanques e infantaria das IDF atacaram várias células terroristas, infra-estrutura e bases de lançamento de mísseis antitanque”, explicaram os militares israelitas. Após a missão, “os soldados abandonaram a área e regressaram ao território israelita”.

As IDF também publicaram um vídeo que mostra a deslocação de veículos militares sobre uma área de areia e em que são vistas explosões e edifícios danificados.

Não é a primeira vez que as IDF organizam incursões terrestres em Gaza desde o ataque de 7 de Outubro, geralmente para missões específicas de recolha de informações sobre a localização dos reféns.

No entanto, a rádio ligada ao Exército israelita disse que as operações desta quinta-feira foram as de maior envergadura desde o início da guerra contra o Hamas.

A incursão surge numa altura em que se acumulam as dúvidas acerca da natureza das próximas fases da ofensiva israelita contra o Hamas. Nos primeiros dias após o ataque terrorista no Sul de Israel, as autoridades prometeram uma resposta sem precedentes contra o movimento islamista que opera na Faixa de Gaza, sugerindo que as forças israelitas poderiam avançar para uma invasão em larga escala.

No entanto, mais de duas semanas depois, a resposta israelita tem consistido em longas vagas de bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza. Segundo Israel, os alvos são associados ao Hamas, mas têm sido sobretudo edifícios civis a serem atacados, como prédios de habitação, escolas, hospitais e mesquitas.

Ao todo, mais de 6500 pessoas morreram em Gaza desde o início dos bombardeamentos, e mais de 17 mil ficaram feridas – em Israel, o ataque do Hamas fez 1405 mortos e 5431 feridos.

Israel mobilizou mais de 300 mil reservistas e posicionou grande parte das suas forças terrestres em locais próximos da fronteira com Gaza. Todavia, os pormenores sobre as novas fases da ofensiva têm sido escassos.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse na quarta-feira que a ofensiva terrestre está ainda a ser preparada. “Não posso dizer quando, como e quantos [estarão envolvidos], nem todos os elementos que temos tido em consideração, a maioria dos quais não são de conhecimento público”, afirmou.

Uma das maiores preocupações está ligada aos reféns que foram sequestrados pelo Hamas e levados para Gaza a 7 de Outubro, muitos dos quais são cidadãos estrangeiros. As forças militares israelitas disseram esta quinta-feira que há pelo menos 224 pessoas sob custódia do Hamas e de outros grupos islamistas, mas referiu que o número poderá ainda ser revisto.

As famílias dos reféns e alguns governos estrangeiros têm apelado a Israel para adiar a ofensiva terrestre contra o Hamas até que seja negociada a sua libertação.

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