Mortes de civis em Gaza são “horrendas e chocantes”, diz João Gomes Cravinho

O ministro dos Negócios Estrangeiros português recorreu à rede social X para qualificar como “horrendas e chocantes” as mortes de civis na sequência de ataques contra uma escola e um hospital em Gaza.

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João Gomes Cravinho, ministro português dos Negócios Estrangeiros Nuno Ferreira Santos

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, classificou esta terça-feira como "horrendas e chocantes" as mortes de "centenas de inocentes" em bombardeamentos contra um hospital e uma escola na Faixa de Gaza.

"Na escola da UNRWA [missão da ONU para os refugiados palestinianos], também bombardeada, houve mais mortes. Estes alvos não são militares", destacou o chefe da diplomacia portuguesa na rede social X (antigo Twitter). Por isso, João Gomes Cravinho reiterou o "urgente apelo ao respeito permanente do direito internacional humanitário".

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, anunciou que pelo menos 500 pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita a um hospital onde se encontravam civis feridos e em busca de abrigo. Por sua vez, o Exército israelita atribuiu responsabilidades à organização palestiniana Jihad Islâmica.

Também esta terça-feira, pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num ataque israelita contra uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinianos na Faixa de Gaza, no acampamento de refugiados de Al Maghazi, no centro de Gaza, conforme indicou a UNRWA, que denunciou um "flagrante desrespeito pela vida dos civis".

Dezenas de pessoas ficaram feridas, incluindo pessoal da agência das Nações Unidas, e a escola sofreu graves danos estruturais.

O conflito entre Israel e milícias na Faixa de Gaza, agudizado após o ataque surpresa do Hamas a 7 de Outubro, já provocou, pelo menos, 3000 mortos entre a população palestiniana, segundo dados do Ministério da Saúde, que se refere a mais de 12 mil feridos.

Na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas já mataram, pelo menos, 50 palestinianos e detiveram mais de 200 pessoas.