Francisco Assis sobre Gaza: “Não se combate a barbárie com a barbárie”

“Não se responde ao horror com o horror.” Socialista Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social, condena a contra-ofensiva de Israel em Gaza.

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Francisco Assis é presidente do Conselho Económico e Social (CES) Rui Gaudencio
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“Não se combate a barbárie com a barbárie. O que se está a passar em Gaza ofende princípios morais e legais que estão na base da nossa ideia de civilização”. Francisco Assis, que foi líder parlamentar do PS e candidato à sucessão de José Sócrates contra António José Seguro, afirma ao PÚBLICO que “não é aceitável a prática da punição colectiva”, a frase que o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, usou esta terça-feira numa declaração conjunta com o rei da Jordânia.

O ataque do Hamas a Israel no sábado passado é condenado com palavras duras: “O Hamas é uma organização terrorista, pré-moderna, e perpetrou actos de uma crueldade inominável. O Irão alimenta o terror e é dirigido por uma teocracia criminosa e abominável.”

Assis considera "infame" a acusação que Carlos Moedas fez, em entrevista à SIC-Notícias, de que Bloco de Esquerda e PCP são “racistas” e “anti-semitas”. “Nem uns nem outros são racistas ou anti-semitas. Podemos discordar, e eu discordo, frontalmente da forma como o PCP aborda este assunto, mas não acho aceitável este tipo de acusações.”

Ao contrário do PCP e Bloco, que não concordaram com a homenagem do Parlamento a Israel, Assis concorda – tal como o PS de que é militante. “Perante a crueldade inominável de sábado passado é difícil criticar qualquer gesto de solidariedade”, diz.

Helena Carreiras, ministra da Defesa, disse esta quinta-feira em Bruxelas que o Governo português condena “o Hamas e não o povo palestiniano”. “A luta é contra o Hamas, é contra um movimento terrorista e não contra o povo palestiniano. Esperemos que esse seja também o entendimento de Israel", disse Carreiras à Lusa, à margem de uma reunião da NATO.

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