Foi um ano e meio em negociações - começaram com Marta Temido à frente da pasta da Saúde e continuaram com Manuel Pizarro - sem que Governo e sindicatos médicos tivessem chegado a acordo. Com a decisão unilateral de avançar com a dedicação plena e uma oferta de revisão salarial transversal para todos os médicos, classificada pelos sindicatos como "insuficiente", o descontentamento da classe escalou. Com as urgências suportadas em horas extraordinárias, a entrega por parte de mais de 2500 clínicos para não fazer mais horas extras além das 150 anuais previstas na lei tornou a elaboração de escalas quase impossível em muitas especialidades. Depois de vários apelos, abriu-se uma nova ronda negocial.