Fechar os olhos aos direitos humanos para travar as migrações
Pagar a países para que assumam o papel de primeira linha da “guarda fronteiriça”, e ignorar o que fazem com os que retêm, é inaceitável.
Há dias, a reunião dos chefes de Estado e de governo europeus em Granada foi selada com uma declaração da qual a questão das migrações na Europa teve de ser retirada. Hungria e Polónia vetaram-na. Foi só mais uma forma de dizer que não aceitam o chamado “mecanismo de solidariedade” que diz que os Estados-membros se comprometem a receber “alguns” requerentes de asilo, quando outros estiverem a lidar com fluxos significativos de chegadas. A Polónia é o país onde o Governo acha que há risco de uma “inundação” de migrantes e que promoveu um referendo para perguntar às pessoas se “estão dispostas a aceitar milhares de ilegais do Médio Oriente e de África”.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.