“Foi um acordo [de rendimentos] parcial” e uma “repetição de 2022”, diz Marcelo
Presidente da República considera “importante” que Governo e concertação social se tenham entendido sobre salário mínimo, mas frisou terem ficado de fora CGTP e CIP.
O Presidente da República considerou este sábado "importante que tenha havido um acordo" entre patronato e trabalhadores para permitir sobretudo um maior aumento do salário mínimo nacional no próximo ano, mas sublinhou tratar-se de um "acordo parcial".
"Foi um acordo parcial porque ficaram de fora uma confederação sindical e uma confederação patronal", afirmou, referindo-se à revisão do Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade, assinada este sábado pelo Governo e os parceiros sociais – com excepção da CIP e da CGTP. Segundo Marcelo, o facto de não ter havido uma unanimidade no seio da concertação social é "uma repetição do que tínhamos vivido em 2022", pelo que não foi "propriamente surpreendente".
Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio de Belém ao lado do Presidente da República da Roménia, em visita a Portugal.
Questionado sobre questões nacionais, considerou que o acordo de rendimentos é uma "peça complementar ao Orçamento do Estado para 2024", que será entregue pelo Governo na próxima terça-feira. "Tenciono ouvir os partidos políticos dentro de alguns dias" a propósito da proposta orçamental, anunciou o chefe de Estado, referindo-se a uma prática que estabeleceu desde o início da sua magistratura.
Sobre os problemas “complexos e críticos” na saúde, o Presidente da República revelou ter "trocado impressões" com o ministro da Saúde já depois de ter falado sobre o assunto na sexta-feira e ter sido informado por Manuel Pizarro que o Governo se vai reunir, na próxima semana, com as confederações sindicais dos médicos.