Belém garante “coordenação feliz” com Governo, apesar das dissonâncias sobre Ucrânia

Palavra do Presidente da República tem peso nas relações externas, mas a competência formal é do Governo. Tem havido convergência ao longo dos tempos, mas houve uma excepção em 2003 sobre o Iraque.

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O primeiro-ministro e o Presidente da República partilham funções em política externa embora com papéis diferentes LUSA/TIAGO PETINGA
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Apesar das declarações que foram consideradas dissonantes sobre a Ucrânia, no entendimento de Belém o Presidente da República e o Governo têm uma “coordenação feliz” na condução da política externa e isso tem sido uma “mais-valia para Portugal”. Nesse sentido, na Presidência desvaloriza-se as diferenças de tom considerando-se que a posição do Presidente e a do primeiro-ministro sobre o apoio à Ucrânia é a mesma. Como Marcelo Rebelo de Sousa não dispõe de uma dimensão “executiva” como a do Governo nas relações internacionais, tem margem para ter um discurso com uma linha “mais aspiracional” sem ficar preso a "cautelas".

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