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Euribor a 12 meses fixa novo máximo e agrava média de Setembro

Valores médios dos três prazos utilizados no crédito à habitação voltaram a subir, com Euribor a seis meses a superar os 4%.

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Evolução das taxas Euribor em Setembro voltou a não ser positiva para as famílias com crédito à habitação Paulo Pimenta
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A Euribor a 12 meses despede-se de Setembro a fixar novo máximo de quase 15 anos, nos 4,228%. Esta subida agrava a média do mês para 4,149%, depois de uma curta descida em Agosto, e o mesmo se verificou em relação aos prazos a três e seis meses, igualmente utilizados nos empréstimos à habitação e às empresas.

A média do prazo a 12 meses, presente em 39,4% dos empréstimos a taxa variável, subiu 0,076 pontos percentuais face ao mês anterior e será este o valor que vai ser utilizado nas revisões de contratos que ocorram em Outubro, bem como nos novos créditos associados a esta taxa.

A Euribor a seis meses não registou variação na sessão desta sexta-feira, ficando nos 4,125%, ligeiramente abaixo do máximo de 4,136% verificado esta semana.

Mas a média mensal daquele prazo quebrou a barreira dos 4%, ao subir de 3,944% em Agosto para 4,030% em Setembro, mais 0,086 pontos percentuais.

A Euribor a três meses registou esta sexta-feira um ligeiro recuo, para 3,952%, mas é o prazo que teve a maior variação mensal em termos de valores médios, ao passar de 3,780% em Julho para 3,881% em Agosto, mais 0,101 pontos percentuais.

As taxas Euribor acentuaram o ritmo de subida na segunda quinzena do mês, precisamente depois do último aumento de taxas de referência do Banco Central Europeu (BCE), em 0,25%. A subida deu-se, apesar de a instituição ter admitido que as subidas podiam ficar por ali, uma possibilidade que ganha força com o abrandamento da inflação na zona euro.

De acordo com a estimativa rápida publicada esta sexta-feira pelo Eurostat, a taxa de inflação homóloga na zona euro caiu mais do que o previsto em Setembro, para 4,3%.

As taxas Euribor começaram a subir no início de 2022, terminando um período de taxas de juro negativas que durou mais de seis anos. As taxas negativas facilitaram o acesso ao crédito bancário e é precisamente nesses empréstimos, de montante mais elevado, também por causa do aumento dos preços da habitação, que a subida das taxas mais se faz sentir.

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