Despesa do Estado e das famílias com medicamentos supera a do ano passado

Aumento dos gastos com fármacos cresceu 12,3% no primeiro semestre do ano, para 993 milhões. Um terço da factura refere-se a medicamentos que actuam no sistema imunitário.

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O Ministro da Saúde tinha dito que a despesaa não poderia aumentar mais de 10% Manuel Roberto
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No primeiro semestre deste ano, os hospitais gastaram 993 milhões de euros em fármacos, mais 109 milhões do que no mesmo período do ano anterior, revelou o Jornal de Notícias na edição desta terça-feira, recordando que há cerca de um ano o ministro da Saúde considerou “insustentável” o aumento da despesa pública com medicamentos acima dos 10% ao ano. Porém, entre Janeiro e Junho de 2023 esse crescimento cifrou-se em 12,3%.

“Nas farmácias, os encargos do Serviço Nacional de Saúde com medicamentos subiram 27 milhões de euros (mais 3,5% do que no primeiro semestre de 2022), para um total de 790 milhões, apesar de o ritmo de crescimento da despesa ter abrandado. Os gastos das famílias com fármacos também cresceram 26,5 milhões de euros (6,6%)”, refere a mesma notícia.

O JN questionou o gabinete do ministro Manuel Pizarro sobre as medidas tomadas para reduzir a factura com medicamentos, mas não obteve resposta em tempo útil.

A nível hospitalar, a oncologia, o VIH as doenças auto-imunes (artrite reumatóide, psoríase e doença inflamatória do intestino) geram mais de metade da despesa total com medicamentos, segundo o relatório de monitorização da despesa Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde de Junho passado.

“Os fármacos imunomoduladores, que actuam na resposta do sistema imunitário, são responsáveis por um terço da factura do primeiro semestre, seguindo-se os antivíricos e os citotóxicos. Já a substância activa que gerou mais encargos entre Janeiro e Junho foi o Pembrolizumab, fármaco usado no tratamento de vários tipos de cancro”, refere ainda o Jornal de Notícias.

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