BE não vê razões para privatizar TAP salva pelos contribuintes

Mariana Mortágua já visitou diversos empreendimentos turísticos do litoral alentejano, entre Tróia e Melides.

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Mariana Mortágua é coordenadora do BE LUSA/PAULO NOVAIS

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, defendeu este sábado que não há nenhuma razão para a TAP ser vendida, agora que a empresa foi salva com o dinheiro dos contribuintes e sacrifícios dos seus trabalhadores.

“Os contribuintes pagaram a salvação da TAP, os trabalhadores da TAP pagaram a salvação da TAP, com os seus salários, com os seus sacrifícios. A TAP está a dar lucros. Qual é a razão para entregar esses lucros a um investidor privado. Agora que a companhia foi salva, agora que ela está a funcionar, porquê privatizá-la”, questionou Mariana Mortágua.

A coordenadora do BE reagiu desta forma ao ser confrontada com a notícia divulgada hoje de que a TAP vale pouco mais de mil milhões de euros, cerca de um terço da verba que foi injectada na empresa pelo Estado português.

Segundo o jornal Correio da Manhã, uma avaliação preliminar atribui à TAP um valor ligeiramente acima de mil milhões de euros, o que representa 31% dos 3,2 mil milhões de euros aplicados pelos contribuintes na companhia aérea portuguesa.

Mariana Mortágua, que falava aos jornalistas durante uma visita a diversos empreendimentos turísticos do litoral alentejano, entre Tróia e Melides, recordou também o discurso do primeiro-ministro “a falar das caravelas portuguesas, da necessidade de proteger o interesse estratégico e a propriedade da TAP”.

“Não há nenhuma razão para a TAP ser vendida. E é preciso travar esta compulsão que têm os governos, e também o governo do Partido Socialista para pôr no prego, para pôr à venda, tudo aquilo que é património comum dos portugueses e de quem vive em Portugal”, concluiu.