A pequena revolução em curso no sistema europeu de comunicação social ainda pode falhar

Conseguirá Bruxelas chegar a acordo sobre uma lei da liberdade de imprensa histórica para proteger os jornalistas europeus, cada vez mais em risco?

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Hungria e Eslovénia são os países da UE onde media públicos são menos independentes Rui Oliveira
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Sofia Mandilara gosta muito do seu trabalho. Como repórter da agência noticiosa grega Amna, está "muitas vezes na linha da frente de acontecimentos importantes", diz. "Através de nós, as pessoas ficam a saber o que se passa no nosso país." Mas nem tudo o que se passa na Grécia é noticiado. Isto deve-se ao facto de a agência Amna pertencer ao Estado grego e estar sujeita às instruções do gabinete do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis. Qualquer pessoa que faça uma reportagem crítica sobre o seu Governo conservador é censurada, diz a jornalista de 38 anos. Recentemente, os seus superiores cortaram as citações de dois juízes do Supremo Tribunal, que se pronunciaram contra um projecto de lei do Governo, e os jornalistas "recorrem frequentemente à autocensura" para evitar problemas com a direcção. As consequências são dramáticas, uma vez que grande parte dos meios de comunicação social gregos depende daquela agência para obter notícias. O escândalo do "Watergate grego", revelado no ano passado, em que as autoridades utilizaram software de espionagem para vigiar o trabalho de alguns jornalistas, foi descoberto por pequenos meios de comunicação independentes, como o Reporters United, e durante meses foi ignorado pelos principais jornais e estações de televisão.

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