A Bienal de São Paulo conta uma nova história de Fernão de Magalhães

A maior exposição de arte da América Latina abre ao público na quarta-feira. Junta grandes instalações que denunciam o neocolonialismo cultural e um lounge intitulado Sauna Lésbica.

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A obra do cineasta filipino Kidlat Tahimik, uma encomenda da Bienal de São Paulo, propõe uma nova narrativa para a morte de Fernão de Magalhães Levi Fanan
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O cineasta filipino Kidlat Tahimik, 80 anos, pega na sua câmara de filmar feita de bambu enquanto conta a sua versão da história da morte de Fernão de Magalhães, o navegador português que, ao serviço da coroa espanhola, fez a primeira viagem de circum-navegação da História. Sabe-se que ele morreu numa batalha com o povo da ilha de Mactán, provavelmente às mãos do chefe chefe Lapu-Lapu, mais tarde coroado herói nas Filipinas. “Nós temos histórias orais que falam do Lapu-Lapu, mas ninguém sabe ao certo quem matou Magalhães. Nem o cronista da viagem, António Pigafetta, sabe ao certo. Proponho que Magalhães tenha sido morto pela mulher do chefe Lapu-Lapu, que era uma guerreira, uma xamã, uma beldade”, conta o artista ao PÚBLICO em frente a uma gigante instalação escultórica, encomenda da 35.ª Bienal de São Paulo, enquanto finge matar novamente Magalhães com a sua máquina de filmar.

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