Todos juntos a cantar com os Arcade Fire numa épica despedida do Meo Kalorama
A banda atravessou toda a carreira num concerto de partilha e êxtase, momento alto na despedida Meo Kalorama. Cento e cinco mil pessoas passaram pelo Parque da Bela Vista, em Lisboa, em três dias.
Siouxsie olha para o corredor aberto na plateia, em frente do palco, e não compreende. “Para que serve isto? É um espaço vazio, não tem ninguém.” Voltará ao tema mais vezes ao longo do concerto, no final de tarde do último dia de Meo Kalorama, sábado, quando o festival acolheu a distinta figura do punk, antiga rainha gótica, muito elegante nas suas vestes prateadas de sacerdotisa moderna a tocar Arabian knights, Spellbound ou a versão de Dear Prudence, dos Beatles. Siouxsie falava do corredor que se abre na plateia desde o palco. Horas depois, com o imparável início de concerto dos Arcade Fire, quase uma dezena de canções sem pausas, público ébrio de tanto cantar com a banda, tornou-se óbvio para que serve o dito corredor a rasgar a plateia.
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