Estudantes pagam até 300 euros por camas nas pousadas da juventude — e este ano há mais quartos

O programa da Movijovem integra o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior com o objectivo de apoiar jovens que ingressam no ensino superior.

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Enric Vives-Rubio

Dezanove pousadas da juventude vão reforçar o alojamento estudantil em cerca de 9%, no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, anunciou o gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto.

De acordo com o gabinete de João Paulo Correia, o número de quartos e camas disponíveis aumenta nas unidades de Abrantes, Almada, Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Guimarães, Lisboa Centro, Lisboa Parque das Nações, Oeiras, Ponte de Lima, Portimão, Porto, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.

"O valor mensal dos quartos varia entre 200 e 300 euros, por pessoa (conforme a unidade e tipologia), em quartos duplos ou múltiplos, e inclui pequeno-almoço, internet wi-fi, limpeza diária, troca de roupa de cama e atoalhados semanalmente e utilização da cozinha de alberguista", adianta.

Sobre os valores praticados pode incidir um desconto do Cartão Jovem Europeu de 10% para quartos duplos e 20% para quarto triplo, indica o gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto.

"Os estudantes bolseiros poderão ter um valor equivalente ao desconto de um mês para utilizar em vale de alojamento na rede de Pousadas de Juventude", acrescenta.

O programa da Movijovem integra o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior com o objectivo de apoiar jovens que ingressam no ensino superior.

O anúncio do reforço do alojamento estudantil nas pousadas da juventude surge quando se sabe que o preço médio de um quarto para estudantes ultrapassa os 400 euros em Lisboa e Porto e que a oferta privada disponível chega para menos de 10% dos jovens agora colocados nas universidades e politécnicos daquelas cidades. Os dados são do Observatório do Alojamento Estudantil, que identifica diariamente a oferta privada de alojamento para estudantes e as rendas praticadas a nível nacional.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, garantiu na terça-feira que, até ao final de 2026, haverá mais 15 mil camas para estudantes, graças ao financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência.

Os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior foram divulgados no domingo e, no total, ficaram colocados quase 50 mil alunos.