Autoeuropa suspende produção em Setembro por falta de peças

Produção de carros vai parar a partir da primeira quinzena de Setembro por insuficiência de componentes fornecidos por uma empresa eslovena. Ainda não se sabe quando será retomada a actividade.

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Falta de peças provenientes da Eslovénia obrigará a uma paragem na produção da fábrica de Palmela Daniel Rocha
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A fábrica da Autoeuropa, em Palmela, vai suspender a produção de automóveis a partir da primeira quinzena de Setembro, devido à falta de peças provenientes de um fornecedor severamente afectado pelas cheias de Agosto na Eslovénia, anunciou a empresa na segunda-feira.

"Na origem do problema está a falta de peças produzidas por um fornecedor na Eslovénia e que são essenciais à construção de motores", justifica a empresa do grupo Volkswagen em comunicado enviado aos trabalhadores, adiantando que o fornecedor esloveno foi "severamente afectado pelas cheias que aconteceram no início de Agosto".

No comunicado a que a agência Lusa teve acesso, a fábrica de automóveis de Palmela, no distrito de Setúbal, não adianta qualquer data previsível para o reinício da produção.

A administração da Autoeuropa esclarece, no entanto, que a paragem da produção deverá ter lugar a partir da primeira quinzena de Setembro e que se deverá prolongar por algumas semanas.

A empresa refere também que o grupo alemão Volkswagen, dono da fábrica Autoeuropa em Palmela, não só está a dar suporte técnico ao fornecedor esloveno para o reinício da produção, como também está a trabalhar para encontrar alternativas junto de outros fornecedores para voltar a normalizar a produção nas fábricas afectadas “com a maior brevidade possível".

A Autoeuropa salienta ainda que a direcção da fábrica "está a acompanhar a situação com o grupo Volkswagen" e admite que o "cenário poderá alterar-se consoante o fluxo da cadeia de abastecimento".

Confrontado com a suspensão da produção anunciada nesta segunda-feira pela fábrica de Palmela, o coordenador da Comissão de Trabalhadores, Rogério Nogueira, disse que "uma paragem de produção é sempre um motivo de grande preocupação para os trabalhadores".

"Tudo faremos para que seja possível encontrar soluções que não tenham impactos negativos para a vida dos trabalhadores", concluiu.