Famílias ciganas de Beja vivem em barracas, mas animais dispõem de novas instalações

Autarca de Beja critica visitas de membros do Governo às famílias ciganas, alegando que as deslocações criam expectativas que ao fim de algum tempo se desvanecem.

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Não está na perspectiva do município construir um bairro para substituir as barracas que existem no bairro Enric Vives-Rubio
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Bairro das Pedreiras, em Beja. O que se observa no dia-a-dia da comunidade cigana é em tudo idêntico ao que se observa nos campos de refugiados na Grécia, Itália e França: um amontoado de 80 barracas e de 50 casas insalubres e exíguas, lixo acumulado, ervas e matos secos (o habitat ideal onde se multiplicam cobras e ratos), tudo isto acrescido de um calor tórrido, sufocante (38º no último domingo), a falta de água — quando o principal uso previsto na lei é o consumo humano —, que se traduz num prolongado caos social. Cerca de um milhar de pessoas, entre as quais mais de 200 crianças, estão forçadas a viver num “gueto” em condições infra-humanas desde 2005. São refugiados no país onde nasceram perante o alheamento dos autarcas do Baixo Alentejo e de sucessivos governos.

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