Festival Paredes de Coura regressa entre 14 e 17 de Agosto de 2024

Organização diz que passaram cerca de 80 mil pessoas pelo recinto nesta 30.ª edição. Decréscimo de público não preocupa a direcção do festival.

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O público, na noite de sexta-feira do festival Anna Costa
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O festival Vodafone Paredes de Coura regressa em 2024 com datas já marcadas para 14, 15, 16 e 17 de Agosto, anunciou a organização este sábado à tarde em conferência de imprensa. Este sábado encerra-se a 30.ª edição do festival minhoto, que deixou a impressão de quebra na afluência de público.

Segundo a promotora, ao longo dos quatro dias de festival passaram pelo recinto 80 mil pessoas, número notoriamente abaixo dos 115 mil espectadores totalizados no ano passado, ainda que com mais um dia de actuações.

Estes dados, adiantados também na conferência de imprensa, foram complementados com o esclarecimento de que ainda há bilhetes à venda para a noite deste sábado, que conta com actuações de bandas de culto como os Wilco ou Explosions in the Sky, entre nomes como os britânicos Sleaford Mods, a neo-zelandesa Lorde ou o cantor americano Lee Fields.

Ao PÚBLICO, João Carvalho, director do festival, disse que este era o dia que mais bilhetes tinham vendido nesta edição. Sobre o decréscimo de espectadores, o programador desvaloriza a questão. "Nota-se que está mais vazio, mas continuamos com boas casas, bons concertos, com público fiel, dedicado e cúmplice", afirma. "E está tudo a correr bem, apesar da chuva." O festival não sai beliscado, nota, nem vai dar prejuízo.

Se há gente que ficou assustada pelo cenário meteorológico de sexta-feira e deste sábado, outros questionam se o cartaz não poderia ter sido mais forte nesta celebração do 30.º aniversário. João Carvalho prefere destacar um alinhamento "sem preconceitos e sem complexos", que mostra coisa novas mantendo "o ADN" de Coura. "Já tive pessoas do rock a dizer que adoraram os concertos de Jessie Ware, Yung Lean ou Loyle Carner."

A crise generalizada no país poderá ser uma justificação para o decréscimo de público, reconhece o promotor, tal como vem acontecendo, de resto, noutros tantos festivais portugueses. "Isso passa-se em todo o lado; esperamos que para o ano a situação financeira do país esteja melhor." João Carvalho observa ainda que a preocupação com esgotar bilhetes "é uma coisa exagerada e competitiva".

"Interessa-nos mais ter bons concertos e manter um festival que permita a descoberta."

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