Com contas equilibradas, “há folga para desagravar impostos”, defende Marcelo

Marcelo entende que há margem para o desagravamento de impostos e só tem dúvidas dos termos exactos em que isso pode ser feito.

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Marcelo Rebelo de Sousa LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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O Presidente da República disse na quarta-feira, a partir da praia de Monte Gordo, no Algarve, onde está de férias, que o "Estado está com as contas equilibradas e há folga para desagravar impostos". Numa altura em que o tema da redução da carga fiscal está a marcar a agenda política, depois de o PSD ter apresentado o seu pacote de redução de impostos, Marcelo Rebelo de Sousa juntou-se ao debate.

“Vários partidos já falaram nisso, Governo e oposição. O Estado aparentemente está com as contas equilibradas”, disse o Presidente, sugerindo que apenas deve haver dúvidas sobre os termos do desagravamento. "Muito ou pouco, vai depender da evolução da economia.” Mas não deixou de acrescentar: "O panorama económico global é de crescimento, cresce agora neste trimestre, cresce no estrangeiro e cresce em Portugal.”

"Há dois meses, se me perguntasse, eu diria que a evolução da economia apontava para chegarmos ao fim do ano com crescimento de mais três por cento. Isto era o espírito europeu. Agora não sei bem se isso irá acontecer, vamos esperar que sim", afirmou ainda.

Para Marcelo esta é “uma reivindicação dos portugueses há muito tempo”, em especial os jovens. “É um conjunto de medidas que todos temos a noção de que mais tarde ou mais cedo terá de estar na discussão e na decisão dos governantes”, assumiu o Presidente num momento em que aproveitou também para fazer um balanço dos diplomas que tem em mãos.

No que diz respeito aos diplomas pendentes em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que em breve tomará uma decisão sobre o Mais Habitação. “Já tive oportunidade e já tenho a minha opinião definida e na altura devida será conhecida.” O prazo para enviar alguns dos diplomas para o Tribunal Constitucional termina nesta quinta-feira.

O pacote fiscal apresentado pelo PSD na segunda-feira vai a debate no Parlamento dia 20 de Setembro.

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