Chamas devastam o Havai: há quem salte para o mar para fugir ao fogo

Ventos de um furacão estão a potenciar o alastramento dos incêndios no arquipélago norte-americano. Desconhece-se o número de vítimas.

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Calor extremo e vento forte junta o Havai à lista de regiões e países a braços com incêndios catastróficos neste Verão Reuters/DUSTIN JOHNSON

A ilha de Maui e outras partes do arquipélago norte-americano do Havai estão a ser devastadas por incêndios que estão a ser 'alimentados' pelo vento de um furacão distante. Esta quarta-feira, o avanço rápido das chamas levou residentes a saltar para as águas do Pacífico para escapar ao fogo, que está activo desde o início da semana.

De acordo com um comunicado do condado de Maui, estas pessoas foram posteriormente resgatadas pela Guarda Costeira norte-americana, e estão agora a salvo. A Cruz Vermelha dos Estados Unidos transformou o liceu da ilha num abrigo de evacuação.

Ainda não há números oficiais sobre vítimas e danos materiais. No entanto, alguns residentes têm partilhados vídeos e fotos nas redes sociais em que é visível o pânico instalado no arquipélago.

O cenário de inferno no Havai junta-se a outros, durante este Verão, de incêndios florestais potenciados pelo calor excessivo, que levaram à retirada de milhares de pessoas em países europeus como Portugal, Grécia e Espanha, mas também no Canadá e nos Estados Unidos.

Os cientistas consideram que as mudanças climáticas - impulsionadas pelo uso de combustíveis fósseis - estão a aumentar a frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos como estes incêndios. Os especialistas têm apelado aos governos para reduzir drasticamente as emissões de gases prejudiciais para evitar uma catástrofe climática.

Lahaina, cidade de 13 mil habitantes em Maui, é a localidade mais atingida pelas chamas no Havai. Alan Dickar, um empresário loca, contou ao jornala Honolulu Star-Advertiser que teme ter perdido três das suas propriedades. "A Front Street é o único sítio que as pessoas que vêm a Maui visitam", disse ao jornal, descrevendo os dois quarteirões centrais da rua como o "coração económico" da ilha. "Não sei o que sobrou", acrescentou.

Em Maui, os incêndios também destruíram partes de Kula, uma área residencial na região montanhosa do interior da ilha.

As autoridades dizem que os ventos do furacão Dora, que já se afastou do Havai, são responsáveis pelo rápido alastramento das chamas no arquipélago. No entanto, todas as ilhas havaianas mantêm-se sob alerta face a ventos fortes, cujas rajadas poderão aproximar-se dos 100 km/h.

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