Os novos corsários russos

Os mercenários do Wagner funcionam em articulação com os serviços de informação militar (GRU), mas dispõem de larga autonomia. São instrumento fundamental da grande estratégia da Rússia para África.

Reserve as sextas-feiras para ler a newsletter de Jorge Almeida Fernandes sobre o mundo que não compreendemos.
Ouça este artigo
00:00
05:08

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O golpe de Estado no Níger tem sido logicamente encarado como mais uma oportunidade da expansão da influência russa em África. O Grupo Wagner, através do seu chefe, Yevgeny Prigozhin (Ievgueni Prigojin na transliteração portuguesa), saudou o golpe militar como exemplo de revolta contra os “colonialistas” (franceses). O golpe não foi organizado pela Rússia, mas é lógico que o Níger seja o seu próximo alvo. Prigozhin actua de forma oportunista: intervém onde há situações de crise, terrorismo jihadista ou conflito de militares locais com os países europeus. Note-se que, para lá do Sahel, o Grupo Wagner está implantado na Líbia, ao lado das forças de general Khalifa Haftar, que controlam a Cirenaica.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.