A JMJ vai mudar alguma coisa ou foi só uma “rave religiosa”?
De uma Igreja sem portas ao “ensaio de pancadaria” nos Jerónimos, a JMJ mostrou que há alternativa ao “turismo alcoólico”. Saberá agora a Igreja fazer-se chegar definitivamente ao século XXI?
“Todos, todos, todos.” O momento em que o Papa Francisco pôs meio milhão de pessoas, no Parque Eduardo VII, a gritar por uma Igreja mais inclusiva e de portas abertas ficará como um dos mais marcantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023. Mas, ultrapassada a comoção inicial (e seis dias e vários milhões de euros depois), o que fica deste evento? Que impacto terá na religiosidade dos portugueses? Foi demonstração de um renascimento religioso, “alimentado por um Papa único e especial que fala a linguagem das pessoas”, como cogita o católico Nuno Caiado? Ou, pelo contrário, “não foi mais do que uma rave religiosa numa cidade gira e, finda a festa, os jovens vão retomar as suas vidas plenamente secularizadas, isto é, sem lugar para a religião”, como admite o especialista em Ciência das Religiões Paulo Mendes Pinto?
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