Basil da Cunha filma a música no coração da Reboleira, e é um coração feminino

Locarno recebe a estreia da terceira longa do cineasta luso-suíço, Manga d’Terra: um retrato de mulher(es) em jeito de quase-musical improvisado, sem orçamento, numa Reboleira que já não existe.

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"Manga d’Terra", rodado “sem meios, com câmara à mão”, como diz Basil da Cunha, centra a história em Rosinha e na actriz que a interpreta: a cantora Eliana Rosa cortesia basil da cunha / festival de locarno
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Ainda ontem (enfim, há menos de um mês) Basil da Cunha levou para casa o prémio de melhor realização em Vila do Conde pela sua curta 2720, e já temos aí outro filme do cineasta luso-suíço nascido em Morges, em 1985. Manga d’Terra, a sua terceira longa-metragem, tem nesta sexta-feira estreia mundial no Concurso Internacional do festival de Locarno (onde a anterior, O Fim do Mundo, já tinha sido mostrada em 2019). Dois filmes muito próximos um do outro, e por mais razões do que à partida pareceria: poucos dias antes de partir para Locarno, o realizador explica ao PÚBLICO que 2720 e Manga d’Terra são mesmo filmes “complementares”, mesmo que com gramáticas diferentes.

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