Lisboa Mistura em Setembro, a querer “escutar a cidade e o mundo à volta”
Festival anuncia o programa e intenções da sua 18.ª edição, que contará com os Fogo Fogo, A Criatura, Tiago Pereira, JAZZOPA, Soweto Kinch e Dobet Gnahore. Dias 9 e 10 de Setembro.
Ainda falta um mês, mas o Lisboa Mistura já anunciou o seu programa para este ano. Dias 9 e 10 de Setembro, sábado e domingo, a partir das 16h, esta festa intercultural regressa aos jardins do Museu da Cidade, no Campo Grande, em Lisboa, com música, encontros, conversas, oficinas e partilhas várias – sociais, culturais e artísticas. Organizado pela Associação Sons da Lusofonia e pela EGEAC Cultura em Lisboa, o Lisboa Mistura quer, nesta sua 18.ª edição, “escutar a cidade e o mundo à volta, pensar no seu futuro e no futuro da cidade e da cultura como activação da cidadania na construção urbana”, nas palavras de Carlos Martins, fundador e programador da iniciativa.
Criticando, no texto que anuncia o programa deste ano, a “festivalização da cultura, por promover a efemeridade e substituir cultura por entretenimento”, Carlos Martins diz que este “não constrói sustentabilidade nem ajuda as pessoas a encontrar plataformas que medem os seus interesses e aspirações com interesses privados.” É por isso, afirma, que “o Lisboa Mistura está mais do que nunca enquadrado nos bairros de Lisboa” aí inscrevendo “práticas artísticas e comunitárias experimentais que a partir do trabalho colectivo nos façam descobrir os lisboetas e o mundo e que olhem de forma diferente para as questões urgentes que se põem às comunidades.”
O programa deste ano abre, nos dois dias, com debates. O primeiro, dia 9, às 16h, tem por tema Lisboetas e Visibilidade; e o segundo, dia 10, à mesma hora, discutirá a Arte Participativa. No primeiro dia, o debate é seguido de uma Festa Intercultural (17h) e de uma apresentação da Orquestra de Percussão e Sopros do Projecto D’Improviso, desenvolvido em cinco bairros de Lisboa (19h30). Depois, mais música: DJ, com A Mãe Dela (20h); o saxofonista e rapper britânico Soweto Kinch (21h) e a premiada cantora, bailarina e compositora africana Dobet Gnahoré (22h30).
Domingo 10, a seguir ao debate, o palco será entregue à OPA (Oficina Portátil de Artes) (17h), à mistura de spoken word, jazz e hip-hop dos JAZZOPA (18h45) e às propostas sonoras, como DJ, de Tiago Pereira, dinamizador d’A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (20h). Até ao final, actuarão ainda o colectivo A Criatura (21h) e os Fogo Fogo, com Fladu Fla (22h30).