Altice. Nas terras onde estão presos, Armando e Hernâni são vistos como “benfeitores”
Em Guilhofrei, o co-fundador da Altice acusado de lesar o Estado é visto como um benfeitor discreto que se move de helicóptero. A 20 quilómetros, em Pedralva, “lamenta-se” a detenção do amigo Hernâni.
Patrocina as festas e o clube de futebol da aldeia, já ajudou na compra de carrinhas e tractores, e está empenhado em apoiar a construção de um lar e de um pavilhão desportivo. Em Guilhofrei, freguesia de Vieira do Minho com cerca de 900 habitantes, Armando Pereira cultivou a imagem do discreto “benfeitor” da terra, sempre disponível a ajudar a partir do cimo da freguesia, na quinta que o viu nascer. É também lá que o co-fundador e accionista da Altice cumpre, como medida de coacção, prisão domiciliária desde o passado dia 24 de Julho, suspeitando o Ministério Público (MP), no âmbito da Operação Picoas, que terá lesado o Estado em 100 milhões de euros e desviado 250 milhões de euros da empresa que o próprio fundou.
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