Incêndio em Cascais já não tem “nenhum foco activo” e não há estradas cortadas

Esta quarta-feira, aos jornalistas no local, o comandante distrital da Protecção Civil confirmou que o incêndio que deflagrou pelas 17h desta terça-feira se encontra em fase de resolução.

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Incêndio em Cascais dominado. As imagens do combate às chamas Reuters, Joana Gonçalves, Carolina Amado
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O incêndio que deflagrou na tarde desta terça-feira numa zona de mato em Alcabideche, concelho de Cascais, e chegou a ser combatido ao final da noite por quase 700 operacionais, já está em fase de resolução. Elísio Oliveira, comandante distrital da Protecção Civil, confirmou que, de momento, “não há nenhum foco de incêndio activo.”

No entanto, o responsável reforçou que ainda existem vários pontos quentes que, com vento, podem levar a reactivações. Por isso, e prevendo-se um aumento na intensidade do vento ao longo do dia, vai ser mantido no local um dispositivo composto por 492 operacionais, 190 veículos e dois meios aéreos no local.

De momento, assegurou o comandante distrital, não existem estradas cortadas. Caso a situação volte a piorar, pode voltar a haver restrições na circulação de veículos. Esta terça-feira, as chamas obrigaram a cortar o trânsito na A5, entre os nós de Cascais e Alvide.

Pelo menos 13 pessoas receberam assistência médica, entre as quais nove bombeiros, quase todos por exaustão e inalação de fumos, segundo um ponto de situação feito pela Autoridade Nacional de Protecção Civil à Lusa por volta da meia-noite de terça-feira

Ao longo do último dia, o vento dificultou o combate às chamas, registando-se rajadas de 70 a 80 quilómetros por hora.

Nenhuma habitação terá sido directamente atingida pelo incêndio, mas algumas pessoas foram retiradas das suas casas nas localidades do Zambujeiro e do Pisão "por precaução", justificou a Protecção Civil. O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, assegurou que, dadas as previsões de vento forte, "foram tomadas precauções, no sentido de colocar faixas de contenção, com máquinas de arrasto", para impedir o avanço das chamas.

Esteve ainda em risco o espaço da Associação S. Francisco de Assis, em Cascais, de onde foram retirados cerca de 800 animais. Centenas de cães e gatos foram transferidos para o campo de futebol do Zambujeiro e estão em segurança, adiantou à Lusa o vereador Nuno Piteira Lopes, responsável pelo Centro de Protecção Animal de Cascais. A retirada foi feita com o apoio da população, de várias associações e do IRA — Intervenção e Resgate Animal.

Chegou a ser questionada a segurança do Hospital de Cascais, em Alcabideche, mas a unidade de saúde encontra-se fora de perigo e a funcionar com normalidade, estando a retirada de utentes “completamente fora de questão”, confirmou Hugo Santos, comandante sub-regional da Protecção Civil, em declarações aos jornalistas. Com Lusa

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