O Agamémnon de Bruno Bravo olha para o desfecho inevitável

Início de um projecto de encenação da trilogia Oresteia, os Primeiros Sintomas juntam-se às Comédias do Minho e apresentam Agamémnon no Centro de Artes de Lisboa, de 18 a 23 de Julho.

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Primeira etapa da "Oresteia", trilogia escrita por Ésquilo há mais de dois mil anos, encenada por Bruno Bravo Patrick Esteves
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Os olhares estão sempre perdidos num lugar que não vemos. Agamémnon, regressado vitorioso da guerra de Tróia, sacrificou a filha Ifigénia para que os deuses soprassem os ventos que levariam os guerreiros gregos até ao campo de batalha; Clitemnestra, perante a notícia da morte da filha, toma a justiça nas próprias mãos, mata Agamémnon e assume a governação da cidade; Cassandra, cuja visão alcança mais longe e ausculta o futuro, antecipa cada um destes trágicos passos, caminhando também para a sua morte. E o coro, os cidadãos de Argos, testemunham tudo isto, discutindo a justiça, a ética e a moral da polis em que habitam, acabando por assumir o seu lugar numa justiça colectiva.

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