Os ditadores não podem dar sinais de fraqueza

É impossível não concluir que o ditador russo saiu profundamente enfraquecido desta prova de força.

Reserve as terças-feiras para ler a newsletter de Teresa de Sousa e ficar a par dos temas da actualidade global.
Ouça este artigo
00:00
08:16

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

1. Ainda não sabemos tudo sobre o que levou o líder do grupo de mercenários Wagner a avançar quase até Moscovo, à frente de uma poderosa coluna militar com a intenção de obrigar o Kremlin a mudar as chefias militares responsáveis pela invasão da Ucrânia. Não sabemos, em particular, o que Vladimir Putin teve de oferecer a Yegveny Prigozhin (Ievgueni Prigojin na versão portuguesa) para convencê-lo a dar meia-volta e aceitar um “exílio” na Bielorrússia de Lukashenko. Mas sabemos o que vimos durante 24 horas em directo nas televisões. E, por mais rebuscadas que possam ser as teorias interpretativas do que aconteceu, é impossível não concluir que o ditador russo saiu profundamente enfraquecido desta prova de força. Ainda tem margem para tentar recompor a sua imagem de homem forte, capaz de controlar tudo e todos? Terá alguma. Até porque as ditaduras como aquela que impôs ao povo russo não permitem a uma larga maioria ter acesso a outra informação a não ser a propaganda do Kremlin. Poderá recuperar? Dificilmente.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.