Candidato do PSD à ERC foi investigado pela corrida a director executivo

Parlamento elege nesta sexta-feira um novo conselho regulador para os media. Actual elenco terminou mandato em Dezembro.

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O Parlamento vota hoje os nomes propostos por PS e PSD para a ERC DRO DANIEL ROCHA - PÚBLICO
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Os dois candidatos que o PSD vai levar a votos nesta sexta-feira para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) são funcionários da instituição e um deles foi investigado por alegadas irregularidades num concurso interno da ERC.

Fontes do regulador admitem ao PÚBLICO que Carla Martins, que coordena a Unidade de Transparência nos Media, é conotada com posições políticas próximas do PS, ao passo que Pedro Gonçalves foi alvo, em 2019, de uma investigação pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa sobre o processo da sua candidatura a director executivo do regulador, cargo que ocupa desde 2018. O processo, aberto a partir da denúncia de alegadas irregularidades na fase final do concurso, acabou arquivado.

A investigação incidiu sobre o facto de Pedro Gonçalves ter sido colocado em primeiro lugar – apesar de não ter então qualquer experiência na área dos media, o que era um factor de majoração com peso preferencial na avaliação –, mas também sobre o método de escolha final do júri da lista de ordenação dos candidatos. Pedro Gonçalves assumiu o lugar de director executivo, que tem quase tanto poder de gestão sobre a ERC como o presidente daquele órgão. Antes fora assessor do grupo parlamentar do PSD e, no Governo de Passos Coelho, fora chefe de gabinete e adjunto de secretários de Estado.

O PS indicou como candidatos Helena Sousa, professora catedrática da Universidade do Minho na área de ciências da comunicação que acaba de sair do Conselho Geral Independente da RTP no âmbito da renovação que é feita a cada três anos; e Telmo Gonçalves, quadro da entidade reguladora e professor da Escola Superior de Comunicação Social.

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