Bulimundo, a banda que levou o funaná do campo para a cidade

A comemoração dos 45 anos do grupo tem duas paragens obrigatórias em Portugal: sexta-feira no B.Leza (Lisboa) e sábado no Med (Loulé). Uma história contra a segregação, renascida para um novo público.

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Os Bulimundo voltaram e viram-se, de repente, perante um público aumentado e rejuvenescido HELDER PAZ MONTEIRO
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Corria há uns anos pelos bastidores da musicofilia (disseminada pelo prestável serviço da Internet) uma história em tudo semelhante àquela que, por estes dias, escala nas tabelas de audiências da Netflix. Só que no lugar de um faustoso carregamento de cocaína a dar à costa junto de uma das mais pobres povoações da Europa (Rabo de Peixe, nos Açores), esta variação musical colocava um navio carregado de instrumentos eléctricos saído dos Estados Unidos (rumo ao Brasil) a perder o norte e a finalizar viagem ao largo de Cabo Verde. E daí nasceu o mito – que hoje se acredita ter muito pouca sustentação real –, disseminado pela edição Space Echo - The Mystery Behind the Cosmic Sound of Cabo Verde Finally Revealed!, lançamento da Analog Africa, de que a modernização da música cabo-verdiana se deveria e teria sido acelerada a partir do final dos anos 60 devido a esse inesperado e súbito acesso a dezenas teclados eléctricos.

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