Woody Allen e a sua banda de jazz dão em Setembro dois concertos em Portugal

Realizador é também clarinetista, e toca há várias décadas com a New Orleans Jazz Band. Passará pela Super Bock Arena, no Porto, e pelo Campo Pequeno, em Lisboa, nos dias 13 e 14 de Setembro.

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Woody Allen e a New Orleans Jazz Band em 2017, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa Miguel Manso
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É mais conhecido por ser realizador, mas também é músico, e em Setembro regressa a Portugal para dois concertos. O americano Woody Allen actua com a New Orleans Jazz Band nos dias 13 e 14 desse mês, respectivamente na Super Bock Arena (Porto) e no Campo Pequeno (Lisboa). Na primeira data, os bilhetes vão dos 45 aos 150 euros. Na segunda, dos 35 aos 150.

O autor de obras como Annie Hall (1977), Manhattan (1979) e Ana e as Suas Irmãs (1986), por exemplo, é um fã confesso de jazz, esse género musical que vai surgindo regularmente nas bandas sonoras dos seus filmes. Ele e a sua New Orleans Jazz Band estão juntos há já várias décadas e, segundo um comunicado de imprensa que dá conta destes dois espectáculos em solo português, fazem digressões na Europa desde 1996. “O seu repertório é diversificado, e composto por mais de 1200 canções com melodias populares do início do século XX”, lê-se.

O mesmo texto que foi enviado aos órgãos de comunicação social esta terça-feira conta ainda que, “durante 25 anos, o grupo manteve um compromisso regular nas noites de segunda-feira no renomado Carlyle Hotel, em Manhattan”. Acrescenta que Allen “chegou a não ir receber um Óscar” para não perder um dos seus concertos no dia seguinte.

É sabido que o cineasta não é o maior fã de cerimónias de entrega de prémios. Conta no currículo com 24 nomeações para os Óscares (incluindo quatro vitórias), mas quase sempre evitou a mediática gala anual. Só em 2002 é que compareceu — e não foi para reclamar nenhuma estatueta. Foi, isso sim, para prestar uma pequena homenagem a Nova Iorque. A cidade de onde é natural é uma parte fundamental do seu cinema, e havia então acabado de ser palco do 11 de Setembro.

O instrumento de Allen é o clarinete. O homem cujo nome de nascença é Allan Stewart Konigsberg terá aliás adoptado o nome Woody em homenagem ao clarinetista norte-americano Woody Herman (1913-1987).

Allen tem 87 anos. Em 2020, a Edições 70, chancela editorial do Grupo Almedina, publicou a sua autobiografia A Propósito de Nada. Em 2021, a HBO estreou Allen v. Farrow, documentário sobre a acusação de abuso sexual que lhe é imputada pela sua filha adoptiva, Dylan Farrow.

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