Mesmo com lítio português, o fim do carro a combustão pode ser adiado

UE deu 8000 milhões em apoios às baterias, mas não tem assegurada a matéria-prima e corre o risco de dependência como no gás natural. Alemanha, França e Itália ficam com mais de 80% da ajuda estatal.

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A mineração de lítio em Portugal é vista como fundamental no plano europeu, mas continua a ser objecto de contestação local Rafael Marchante (arquivo)
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Portugal tem as maiores reservas de lítio no continente europeu, mas não deverá começar a explorá-lo antes de 2026 e, como tal, a União Europeia (UE) tem um problema sério em mãos: não tem matéria-prima suficiente para apostar na produção de baterias para carros eléctricos. Entre 2012 e 2016, 87% do lítio consumido na Europa foi importado da Austrália. Mesmo com o lítio português, o cenário não melhora, porque, até à chegada ao mercado, são precisos 12 a 16 anos desde a descoberta deste recurso e porque se espera um enorme aumento na procura mundial de lítio devido à electrificação do transporte privado.

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