De geração em geração, à procura da origem da paramiloidose

Antigo professor de História mergulhou nos registos paroquiais para estudar a doença. E já percebeu que ela não terá tido origem entre os pescadores da Póvoa de Varzim, como durante anos se pensou.

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Alberto Oliveira na Alfândega Régia, em Vila do Conde ADRIANO MIRANDA
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A morte da sua professora primária, de paramiloidose, em Guimarães, marcou a vida de Alberto Oliveira de uma forma que o próprio nunca imaginaria. Por causa desse episódio que na adolescência o pôs diante da fatalidade de uma doença genética, hereditária, incapacitante, popularmente conhecida como “doença dos pezinhos”, este antigo professor de História, aposentado e a viver em Vila do Conde, vem passando as últimas duas décadas mergulhado na genealogia de dezenas de doentes. Este investigador tenta descobrir o elo comum a partir do qual a mutação genética associada à polineuropatia amiloidótica familiar (PAF) foi passando de geração em geração. Ainda longe do fim do caminho, a sua pesquisa já permitiu, contudo, perceber que não foi entre os pescadores de Vila do Conde e Póvoa de Varzim que ela surgiu, como durante muito tempo se apontava.

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