Ruy Castro: “A minha biografia? Só por cima do meu cadáver”

Em A Vida por Escrito, Ruy Castro diz como se deve e não deve fazer uma biografia para respeitar a verdade. O que só é possível quando a vida finda.

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Lançamento de livro de Ruy Castro, A Vida por Escrito, na livraria da Travessa, em Lisboa Raquel Wise/Tinta-da-China
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Esta história começou em 1975, ainda Portugal vivia a ebulição revolucionária do Verão Quente. Dois jornalistas brasileiros aproveitavam a pausa do almoço para, num banco da praça fronteira ao edifício onde trabalhavam (o da revista Manchete, no Rio de Janeiro) discutirem biografias que tinham lido ou andavam a ler. O que seria uma biografia bem feita? Bom, seria isenta de literatice, apegada aos factos, sem interpretações do foro psicológico. Tais discussões deram frutos. Quinze anos passados, em Novembro de 1990, chegavam ao mercado brasileiro dois livros: Chega de Saudade A História e as Histórias da Bossa Nova e Noel Rosa Uma Biografia. O primeiro era assinado por Ruy Castro e o segundo por João Máximo (em parceria com Carlos Didier). Na verdade os jornalistas que, depois de muito discutirem, quiseram pôr em prática as suas razões.

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